Não fazer reformas cria "externalidades negativas"

O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro afirmou hoje que "as pessoas foram muito injustas com a Europa", que disse ser "uma máquina de convergência", alertando que se os países não fizerem as reformas estruturais criam "externalidades negativas" para outros.
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"Às vezes olho para outros países e quero que façam as mesmas reformas que o meu país já fez, porque se não as fizerem estão a criar externalidades negativas que podem afetar o meu país e os países vizinhos", disse Carlos Moedas na conferência 'Global Business Leaders & Alumni Forum Europe 2014', organizada pelo instituto mundial de gestão INSEAD.

Considerando que "as pessoas têm sido, nestes últimos anos, muito injustas com a Europa", o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro considerou que a Europa é uma "máquina única de convergência, uma "plataforma de inovação" e a única com um "verdadeiro sistema social".

"O desafio é como combinar tudo isto e o que podemos fazer para manter na Europa estas três características", disse.

Outro dos desafios europeus que Carlos Moedas apontou foi a necessidade de explicar aos cidadãos que "o crescimento vem com reformas estruturais".

"Convencê-los de que são as reformas que vão trazer crescimento é uma luta que é difícil. Devemos ser capazes de o fazer", disse.

A conferência 'Global Business Leaders & Alumni Forum Europe 2014', promovida pelo INSEAD decorre normalmente em Paris e teve lugar este ano pela primeira vez em Portugal, numa homenagem a António Borges, antigo reitor do instituto mundial de gestão.

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